Constelação familiar: o que é e para que serve?
- isis-terapiaintegr
- 5 de jun. de 2022
- 3 min de leitura
Atualizado: 1 de set. de 2022
“Constelação Familiar não é mágica. É uma chance de ver e aceitar o nosso lugar e nosso papel no nosso sistema familiar. Com a postura certa, nos auxilia a assumir a responsabilidade que nos pertence e assim tomar as atitudes necessárias para caminhar adiante.”

Quando a Constelação Familiar surgiu e quem a criou?
Constelação familiar é uma terapia desenvolvida e criada por Bert Hellinger. Hellinger nascido em 1925 na Alemanha, formado em teologia pela igreja católica, missionou na África do Sul junto ao povo Zulu, sendo diretor de várias escolas. Foi neste convívio, onde ele vivenciou a mentalidade tribal africana. Na África antiga, na África das tribos, tudo é discutido em grupo. Todos são envolvidos, tudo, desde briga de casal até roubo, doença, etc. E todos dão palpite, comentam, dão opinião. Todos fazem parte do sistema, da família. E foi neste meio, plantado em Hellinger, a semente do que veio mais tarde ser ‘Constelação familiar’. Após missionar por 16 anos, Hellinger deixou o clero, voltou para a Alemanha onde foi estudar Gestalterapia. Em Viena estudou psicanálise, onde conheceu sua primeira esposa Herta (psicoterapeuta). E na Califórnia, estudou Terapia Primal com Arthur Janov, e Análise Transacional. Se divorciou e casou pela segunda vez com Marie Sophie, com a qual viajou o mundo ensinando e propagando a sua terapia: ‘A Constelação familiar”.
Origem da Palavra
A família é o nosso sistema mais íntimo e insubstituível. É a nossa herança, é de onde viemos. E sem família não temos passado. Sem passado temos dificuldade em identificar nosso lugar neste mundo, ficamos com uma personalidade fragmentada. Já na antiga Grécia, Aristóteles falou: democracia começa na família. O primeiro sistema que temos que tratar, antes de tratar qualquer outra coisa, é a nossa relação com a nossa família. Daí: Constelação familiar. “Ninguém consegue ser feliz se ele não conseguir amar cada membro de sua família.”
O objetivo do tratamento
A constelação familiar se baseia em 3 princípios: o pertencimento, a ordem e o equilíbrio. Amar é respeitar, entender, compreender e não julgar. O objetivo é gerar, para o/a cliente, um relacionamento harmonioso e saudável dele/a com as suas emoções e seus sentimentos em relação com toda a sua família. Só depois que conseguimos nos acertar com a nossa família, que iremos conseguir assumir nossa verdadeira posição na vida. Cada desarmonia no sistema familiar gera inevitavelmente um reflexo no sistema familiar do cliente, fazendo com que os problemas se reptem de geração em geração. Desta forma nós vivemos e revivemos o drama de nossos pais. Ao tratarmos o sistema familiar, conseguimos resolver vários problemas em nossas vidas: incapacidade de conseguir uma promoção no trabalho, reacionamento abusivo e violento, estrupo, pedofilia, desentendimento entre pais e filhos, dependências de drogas, alcoolismo, suicídios, ansiedade, medos, etc. Sem falar que várias doenças crônicas podem simplesmente desaparecer.
Como funciona?
Existem várias formas de se efetuar uma constelação familiar ou sistêmica. Se pode usar outras pessoas como representantes dos membros da família. Ou usar bonecos, ou objetos (algo bem interessante) como representantes. Quando usamos a técnica tradicional (usando representantes), nos deparamos com um problema: é que, os processos ali apresentado pelos representantes, não acontece no cliente, e sim fora dele/a. O cliente observa todo o processo, todo o drama familiar se desenvolver fora de si, como se estivesse assistindo a um filme. Dentro da PNL (programação neura linguística) falamos que para um processo conseguir ser resolvido esse processo tem que acontecer no cliente, ser visto, reconhecido e interpretado pelo cliente. O processo tem que ser um processo emocional, sentimental e não racional, para poder gerar os resultados desejados. Por isso, a minha forma de fazer a constelação familiar, é usando os princípios da PNL dentro de uma indução hipnótica Ericksoniana. Desta forma eu consigo garantir que o/a cliente consiga interpretar o drama familiar da sua forma, com seus sentimentos, com suas interpretações, porque nenhum ser humano vê o mundo da mesma forma como outro ser humano. Cada um de nós é único. Eu como terapeuta, ajudo o/a cliente a interpretar, a reconhecer e a entender como o/a cliente observa o seu sistema familiar, da sua forma particular. E depois eu ajudo o/a cliente a identificar os seus recursos pessoas que ele/ela vai usar para harmonizar o/a seu sistema familiar. Durante todo o processo, o cliente fica acordado e participando ativamente do processo. A sessão dura entre 1 a 2 horas e pode ser feita presencial ou ‘online’. Durante a anamnese, eu oriente o cliente a efetuar o seu dever de casa, antes da primeira sessão: sendo montar a sua árvore genealógica. Dependendo da complexidade do seu sistema familiar o do problema a ser resolvido, pode ser necessário mais de uma sessão.
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